Imagine que você cruza com o CEO no corredor e ele faz algumas perguntas rápidas:
- Quantas demandas sua equipe jurídica atendeu no último mês?
- Quanto tempo foi gasto em cada tipo de tarefa?
- Qual foi o impacto concreto que o jurídico gerou para o negócio?
Você consegue responder facilmente à essas perguntas?
Se você não consegue responder na hora, cuidado: sem visibilidade sobre as demandas que entram, o tempo gasto em cada tarefa e os resultados entregues, o trabalho da equipe jurídica fica invisível para o resto da empresa. E, no mundo corporativo, não basta trabalhar duro — é preciso mostrar resultados, com indicadores, relatórios e dados de performance. Sem isso, o jurídico passa despercebido e perde espaço estratégico dentro da empresa.
Os sintomas da falta de visibilidade
1. Perda de confiança
Se as áreas não têm clareza sobre o que está sendo atendido, recorrem ao “grito” para ganhar prioridade. Isso gera atrito e enfraquece a relação entre jurídico e negócio.
2. Gestão no escuro
Sem dados claros, a gestão de recursos é feita no achismo. O resultado são sobrecargas em alguns pontos e gargalos em outros.
3. Dificuldade justificar investimentos
Sem relatórios ou indicadores, fica quase impossível justificar novos headcounts, orçamento ou investimentos em tecnologia.
4. Imagem fragilizada
Quando não mostra seus resultados, o jurídico é visto como custo — e não como parceiro estratégico.
Como dar visibilidade ao trabalho jurídico
Dar visibilidade não é só registrar demandas: é transformar o trabalho em informação útil e estratégica para a empresa. Aqui estão alguns caminhos práticos:
1. Centralize e registre todas as demandas
Toda solicitação precisa estar documentada em um canal único (formulário, planilha, etc). Isso evita o esquecimento de demandas e cria um histórico confiável.
Dica: defina como regra interna que nenhuma demanda será tratada se não estiver registrada no canal oficial.
2. Classifique e estruture informações
Agrupe as demandas em categorias relevantes (ex.: elaboração de minuta, consulta trabalhista, revisão de contrato externo) e registre também área solicitante, complexidade e prazo.
Essa classificação ajuda a identificar padrões e entender quais tipos de solicitação consomem mais tempo e esforço do time.
3. Dê previsibilidade com status e prazos
Um acompanhamento estruturado evita cobranças paralelas e melhora a previsibilidade.
- Defina SLAs diferentes por tipo de solicitação (ex.: 3 dias para urgentes, 7 dias para importantes, 15 dias para não urgentes).
- Use fases claras no acompanhamento: Recebida → Em análise → Concluída.
- Adote um quadro Kanban digital (ou até planilhas compartilhadas) que todos possam acessar.
4. Compartilhe resultados periodicamente
Visibilidade não é só para dentro: é preciso comunicar resultados para a liderança. Crie relatórios periódicos que mostrem:
- Volume de demandas atendidas
- Tempo médio de resposta por tipo de solicitação
- Principais riscos mitigados
Com os dados em mãos, crie rituais para divulgá-los para os stakeholders:
- Envie um resumo mensal para a diretoria, destacando conquistas e indicadores.
- Participe de reuniões executivas trazendo insights do jurídico sobre riscos e oportunidades.
- Crie dashboards acessíveis para as áreas consultarem o andamento das demandas em tempo real.
👉 O segredo é simples: organizar, medir e comunicar. Quando o jurídico mostra dados de forma consistente, deixa de ser invisível e passa a ser reconhecido como parceiro estratégico do negócio.
5. Use tecnologia para dar escala
Ferramentas como o netLex Legal Intake, ajudam a automatizar parte desse processo, gerando métricas e dashboards que permitem acompanhar resultados de forma prática e confiável. Esses movimentos dão transparência, reforçam a credibilidade e mostram o impacto real do jurídico.
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Conclusão
A falta de visibilidade não é apenas um detalhe operacional: é um entrave que reduz a confiança, dificulta a gestão e enfraquece a relevância do jurídico consultivo.
Ao dar clareza sobre demandas e entregas, o time deixa de ser invisível e passa a ser reconhecido como parte essencial do crescimento da empresa.