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Da Fenalaw à Prática: Como Construir um Jurídico Mais Estratégico e de Alto Impacto

Com mais de 15.000 participantes, 600 palestrantes e 170 expositores, a edição deste ano superou todas as expectativas e mostrou, na prática, como o jurídico pode se tornar um verdadeiro motor de eficiência e valor para os negócios.

Vivemos cercados por conteúdos e tendências de todos os lados, e nem sempre é fácil distinguir o que realmente importa. Entre o medo de ficar para trás e o risco de seguir modas passageiras, é comum desperdiçar tempo, esforço e dinheiro.

Para entender o que de fato vai moldar o mercado jurídico em 2026, fomos direto à fonte: a Fenalaw, o maior evento jurídico da América Latina, para ouvir referências do setor e conhecer novas ferramentas.

Foram três dias intensos, com dez palcos simultâneos e mais de quinze trilhas de conteúdo, reunindo temas desde inteligência artificial, automação e legal operations até carreira, legal design e reforma tributária. No meio de tantas conversas, uma verdade se destacou: nenhuma solução isolada resolve o problema.

Automação sem estratégia é um tiro no pé, concordam os especialistas. Eficiência e produtividade sem controle podem colocar a segurança em risco. E qualquer iniciativa que não gere impacto real, ou seja, que não gire o ponteiro no final do dia, é um esforço desperdiçado.

E para transformar essas discussões em ação, reunimos três lições práticas da Fenalaw, insights que podem ser aplicados desde já por quem quer preparar seu jurídico para 2026.

A nova competência jurídica é usar IA com propósito, ética e estratégia

Sem dúvidas,  a inteligência artificial mantém seu protagonismo nos eventos jurídicos. Foram quase 40 palestras sobre o tema apenas nos palcos oficiais. E para falar dos principais insights relacionados a esse tema, destacamos reflexões e insights do painel “Inteligência Artificial e Inteligência Jurídica: como pensar o Direito em face à mudança tecnológica”, mediado por Silvia Piva e com participações de Renato Opice Blum, Ronaldo Lemos, Samy Dana e  Alexandre Zavaglia. 

A mesa reforçou que a IA já faz parte do nosso cotidiano. No entanto, conhecer as ferramentas e saber como usá-las já não é mais um diferencial, é um pré-requisito. A tecnologia já provou seu valor em eficiência e produtividade, e quem não a adotar ficará para trás.

Mas o entusiasmo não pode cegar o bom senso. Como alertou Ronaldo Lemos, “colocar dados de clientes em ferramentas abertas é uma loucura”. No Direito, o risco não é apenas jurídico: é um risco aos direitos das pessoas. A tecnologia não elimina a necessidade de curadoria, ética e responsabilidade.

No fim das contas, o consenso é claro: a IA não substituirá o advogado, mas ampliará o alcance de quem souber usá-la com inteligência. O profissional do futuro precisará dominar as tecnologias disponíveis, sem perder de vista as competências que são exclusivamente humanas, como a prudência, argumentação e a oralidade.

Entre inovação, uso comercial, legislação e regulação, o maior desafio do nosso tempo é o equilíbrio. Saber quando usar a IA, como aplicá-la e até onde ela deve ir será o que definirá o sucesso, e a segurança, das próximas transformações jurídicas.

No fim, a lição da Fenalaw 2025 é simples, mas poderosa: não basta adotar tecnologia; é preciso saber como e porquê.

A verdadeira transformação jurídica começa com estratégia, não com tecnologia


Depois de falar sobre o papel da Inteligência Artificial e de como tecnologia e automação podem impulsionar a produtividade do jurídico, chegamos talvez ao ponto mais importante da nossa conversa: estratégia.

Porque no fim das contas, não é a tecnologia sozinha que transforma o jurídico. De nada adianta implementar um CLM (Contract Lifecycle Management), automatizar fluxos ou adotar IA se, por trás disso, não existir uma estratégia muito bem orquestrada, com clareza de processos, objetivos e indicadores. Sem isso, o risco é grande: o investimento em tecnologia se transforma apenas em mais uma despesa, e não em um verdadeiro motor de eficiência e valor para o negócio.

Sabendo disso, Cíntia Queiroz, Superintendente Jurídica da Tecban, na palestra “Maturidade Contratual: Como Extrair Mais Valor dos Negócios”,  compartilhou um pouco da sua experiência, aprendizados e bastidores da mudança de cultura e reestruturação de processos que foi necessária para a adoção de sucesso de um CLM.

Para Cíntia, o primeiro passo dessa jornada de transformação é avaliar o cenário atual da empresa: compreender os pontos fortes, as oportunidades de melhoria e o nível de maturidade da operação e da tecnologia disponível. Essa análise inicial é o que permite entender de onde a equipe parte e quais serão as prioridades ao longo do processo.

Com esse diagnóstico em mãos, entra em cena o papel estratégico do gestor jurídico: conectar os próximos passos do time com as necessidades da companhia, garantindo que o avanço do jurídico caminhe lado a lado com os objetivos de negócio.

Outro fator essencial destacado por Cíntia é a conversa com as lideranças de outras áreas. Entender o que cada uma delas espera do jurídico é fundamental para alinhar expectativas e desenhar um sistema que realmente atenda às demandas de todos os setores.

Por fim, com todas essas informações em mãos, faz-se necessário revisar a operação e identificar os ajustes necessários para que a implementação de um CLM ocorra com sucesso, não apenas como uma troca de ferramenta, mas como uma verdadeira mudança de cultura e de forma de trabalhar.

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Ademais, Camila Caldas, gerente jurídico das Lojas Renner, também compartilhou, por meio de um case de sucesso, algumas dicas valiosas sobre como manter uma operação alinhada e coesa, mesmo contando com escritórios terceirizados.

Para Camila, a chave de uma operação verdadeiramente coordenada está em alguns pilares fundamentais: cocriação de soluções, comemoração conjunta a cada conquista e a sensação de que todos fazem parte de um mesmo case de sucesso. Afinal, como destaca o autor do livro Comece pelo Porquê, Simon Sinek:

"O engajamento começa quando as pessoas sentem que pertencem."


Além disso, ela reforça a importância de regras e orientações de fácil acesso, de um sistema único que conecte os usuários e de avaliações de performance transparentes e assertivas. Como bem coloca o autor Robert Rotberg:

“Boa governança é mais do que regras; é sobre valores que sustentam decisões justas e eficazes.”


Dessa forma, fica evidente, que não é preciso reinventar a roda nem criar soluções complexas para alcançar eficiência e alinhamento, o segredo está em cultivar valores compartilhados e processos bem estruturados.

Maturidade contratual não é um destino,  é uma jornada de eficiência, segurança e impacto.


Dando continuidade à discussão sobre eficiência e alinhamento nas operações jurídicas, Flávio Ribeiro, CEO do netLex, na palestra “Maturidade Contratual: Como Extrair Mais Valor dos Negócios apresentou  uma metodologia exclusiva para garantir o sucesso da evolução contratual nas empresas. 

Essa metodologia parte de uma visão clara: contratos são, acima de tudo, instrumentos de negócio. E quando bem geridos, eles trazem segurança, eficiência e são capazes de gerar valor. Mas para isso, é preciso construir essa jornada passo a passo, desde a visibilidade e padronização até a automação e o uso inteligente de dados. 

Essa visão nasceu da experiência do netLex com mais de cem das maiores empresas do Brasil. O que se percebeu é que, independentemente do tamanho ou do segmento, as companhias enfrentam os mesmos desafios: falta de visibilidade, retrabalho, risco e dificuldade de mostrar o valor estratégico do jurídico.

E é por isso que os pilares dessa metodologia foram pensados para atacar justamente essas dores, promovendo eficiência, segurança e impacto.

  • Eficiência, porque o tempo é o recurso mais escasso do jurídico e não dá pra desperdiçar energia com tarefas manuais ou processos que travam a operação.
  • Segurança, porque sem governança e rastreabilidade, o risco jurídico e reputacional cresce em silêncio.
  • Impacto, porque um jurídico maduro não é apenas operacional — ele influencia o negócio, apoia a tomada de decisão e entrega valor real para a companhia.

Por outro lado, quando a operação tem baixa maturidade, o efeito é imediato: prazos estouram, contratos se perdem, e o jurídico vira um gargalo, em vez de um parceiro estratégico.

A boa notícia é que evoluir é totalmente possível. E essa evolução não acontece de uma vez, mas por etapas, com clareza sobre onde a empresa está hoje e onde quer chegar. A metodologia do netLex mostra exatamente esse caminho, ajudando os times a priorizar o que mais faz diferença agora e a construir, pouco a pouco, uma operação realmente estratégica, porque no fim, a maturidade contratual não é um destino, é uma jornada contínua de aprendizado, melhoria e impacto.

Quer entender em que ponto dessa jornada sua empresa está? 


Criamos um quiz exclusivo de maturidade contratual para ajudar você a identificar o estágio atual da sua operação e quais são os próximos passos para evoluir.

Esse é o primeiro passo para transformar o jurídico em um verdadeiro parceiro de negócios, apoiando a tomada de decisão, trazendo eficiência e entregando valor real para a companhia.

🔗 Responda ao quiz e receba o seu diagnóstico

Equipe netLex
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